sexta-feira, 9 de abril de 2010

Crime de uniforme

Na quinta-feira (08/04), por volta das 15 horas, dois elementos pularam o muro da escola "DomAlberto Ramos", em Curuçambá (Ananindeua), e assaltaram o professor e os alunos de uma sala de aula. Há poucos dias, na mesma localidade, outra escola foi invadida e assaltada por bandidos. O fato curioso é que - em ambos os casos, os assaltantes se faziam passar por alunos da escola, chegando a usar - inclusive, uniformes escolares, a fim de aumentar a aparência de alunos. Há que ponto chegamos! Eu já tinha "visto" bandido usar fardamento policial-militar - até da Polícia Federal, mas, bandido disfarçado de estudante é a primeira vez. Há que ponto chegou a audácia e a astúcia desses pilantras! Antigamente, quando se tentava explicar a exigência do uniforme escolar, dizia-se que era para identificar o aluno e diferenciá-lo de um provável meliante. Pelo visto, essa tese - hoje, não faz o menor sentido. Um amigo me disse, que unifome escolar se compra em qualquer lugar. E, se não se quiser comprar, rouba-se de alguém ou alguém empresta o seu para o bandido. Ninguem se encontra totalmente seguro, em lugar nenhum. Hoje, a escola - salvo raras exceções, tornou-se território livre, por onde circula gente de toda "espécie". Ninguém - em tese, traz a marca do "mal" estampada na testa, e o assaltante pode estar ao nosso lado. Por aqui, dá-se jeito para tudo, até para roubar. Só não se dá jeito para a morte. Policiamento - infelizmente, não resolve. Ameniza. Inibe. Mas, nem sempre a polícia consegue - e pode, estar presente o tempo todo em uma esola. O horário das aulas é outro problema: antigamente, o perigo corria à noite. Hoje, não tem hora para ocorrer. Nos casos das escolas de Curuçambá, os crimes se deram durante o dia. Quer dizer, o crime muda de horário, conforme a conveniência do criminoso e de sua disponibilidade de tempo.

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