quarta-feira, 14 de abril de 2010

Senadores do Pará

Reconheço, que não sou muito bom para memorizar números. Por isso, não me arrisco a citar o ano em que a cidade de Paragominas, quase em peso, votou em Mário Couto (PSDB), e acabou ajudando a elegê-lo senador. Naquela eleição, ele teve apoio do então prefeito Sidney Rosa, que carregou nas costas esse trambolho. Um desperdício. Acho que até o próprio Rosa se arrependeu da façanha. Eleito, o homem - que já não pisava no município, aí mesmo que dele se afastou. Por outro lado - e olha que procuro acompanhar o noticiário político brasileiro, pouco tenho visto esse rapaz, na tribuna do Senado. Mas, das raras vezes que isso aconteceu, a passagem dele por lá não foi das mais promissoras. O homem não tem controle. Nem ética. Não sabe fazer política. E, quando pensa que faz, parte para o "salve-se quem puder". É truculento. Baixo nível. A mais recente dele foi atacar a governadora Ana Júlia (PT) fora dos padrões, que regem - no mínimo, a boa educação. Creio que o senador, na época que estudava, tenha sido aluno de péssima conduta. É dele essa pérola de eloquência e lucidez: "Será que Ana Júlia sabe o que é gestão? Eu sei que ela sabe muito bem usar aqueles copos redondos com um líquido amarelo dentro. É o líquido amarelo chamado uísque. Isso ela usa muito bem." Ora, Mário Couto possui todo o direito de discordar da maneira petista com que Ana Júlia governa o Pará. Mas, penetrar por esse caminho é fugir à lógica da sã política. Com essa atitude, fica demonstrada, para mim, a ausência de argumentos sólidos para um debate sério e duradouro - bem ao contrário da análise do deputado José Megale (PSDB), que considerou o discurso do senador como um reflexo do "entendimento da sociedade." Sei não. Não sou tão velho, mas ainda tenho a vaga lembrança dos tempos em que o Pará tinha bons senadores.
Hoje, só temos o sarro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário